TRABALHOS
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Cristiano Lenhardt

O habitante do plano para fora

Pau-Bonito (esculturas de madeira)

Em sequência de pensamento se repousa em áreas estéticas. Dessas barcas, as noções se dão pelos usos e suas lapidações até que se tornem existência. Este existir é fixo apenas na matéria pois seus significados, é claro, mudam dependendo da posição espacial, conceitual ou dos entendimentos atuais. para tanto, pau bonito se põe ereto quando é hora de mostrar-se ou exibir-se. Pois, sua função é apenas esta, estar presente em forma a fazer lembrar ou provocar significantes de outras temporalidades e também, por hora, sua verticalidade acusa o homem que olha para o céu vazando com sua ponteira afiada e crava o chão na clareza de sua origem. Desenho no espaço, esculturas atravessáveis. Trave. Acampamento.

Perfurações (desenhos com furos no papel)

Artesania industrial e meditativa, o corpo inteiro e a mente operam uma atividade quase exaustiva, matemática prática, enquanto cada traço e cada perfuração liberam a consciência da grade das tecnologias, crenças e ciências, dando margem para um realinhamento das energias, dos fluxos, dos movimentos, pausando o existente à estados de criação.

Cara preta (desenhos em relevo no metal)

sujeito em estado de vigília, aparentes caras daquilo que um dia foi gente e agora desmancha-se em outras relações, semblante de respiração, continuo movimento de contrair e expandir. face achatada em plano, aberta.